sexta-feira, 26 de junho de 2009

The king of pop - Forever

«O meu irmão, o rei lendário da pop Michael Jackson, morreu quinta-feira, 25 de Junho de 2009, às 14h26 [hora local].»
Jermaine Jackson
Morreu Michael Jackson (MJ), o Rei da música Pop.
Foi em Los Angeles que MJ terá sofrido uma paragem cardíaca, e apesar de uma hora de tentativas de reanimação o rei da música Pop acabou por falecer. O corpo será sujeito a autópsia, por forma a apurar a causa desta morte inesperada.
Michael Joseph Jackson nasceu em 1958 no estado norte-americano do Indiana, e era o sétimo de nove filhos. Foi com apenas 5 anos que MJ se estreou naquele que viria a ser o seu mundo, o da música, com os seus irmãos, na banda Jackson Five, onde revelou um talento inato para a música. Iniciou carreira a solo em 1979 com o álbum “Off the Wall”, mas foi o seu disco Thriller, editado em 1982, que o celebrizou como o Rei da Pop: tornou-se o álbum mais vendido de sempre (mais de 100 milhões de cópias vendidas). Michael Jackson foi por duas vezes reconhecido no “Rock’n Roll Hall of Fame” e venceu 13 Grammys.
«A música de Michael Jackson marcou de forma indelével os anos 80 e influenciou toda uma geração de músicos e os vídeos que acompanharam os seus sucessos transformaram a indústria, abrindo a porta ao sucesso dos canais televisivos musicais como a MTV.»
Tão genial quanto a sua música, foi a especulação que ao longo dos anos se criou em torno da sua vida pessoal.
A sua transformação física, e as várias cirurgias plásticas a que se submeteu eram fonte de permanente observação. Em 2005 recaíram sobre si suspeitas de abuso de um menor, um mediático processo no qual foi absolvido.
Casou com Lisa-Marie Presley, e posteriormente com Deborah Rowe, com quem teve dois filhos. A mãe do seu terceiro filho não tem identidade conhecida.
A sua obsessão por Peter Pan era outra das suas excentricidades. Morou num rancho que designou “Neverland”.
Para lá de especulações e excentricidades desenvolveu também um importante trabalho humanitário, sendo o responsável pelo single “We Are The World”, de ajuda a África.

«Tão espectacular como o seu fulgurante sucesso foi o seu colapso: há doze anos que Jackson se mantinha afastado dos palcos.» De facto o público que constrói uma estrela, é o mesmo que a destrói. Qualquer mente genial e revolucionária não é entendida na sua totalidade, e é mais fácil apontar-lhe os defeitos, do que fazê-la brilhar.
MJ tinha agendado 50 concertos em Londres, a terem início a 13 de Julho, cujos bilhetes esgotaram poucas horas depois de serem anunciados. Fontes de imprensa norte-americana noticiaram que esses espectáculos “seriam uma espécie de pontapé de saída para uma tournée mundial de três anos e um novo álbum de originais”. Informam também que MJ tinha planos para transformar o seu álbum “Thriller” numa espécie de musical para casino, a apresentar em Las Vegas e Macau.
A morte do inigualável MJ foi um choque; amigos, colegas e figuras públicas demonstraram a sua consternação perante a morte do mítico MJ, particularmente a comunidade afro-americana que via em MJ um símbolo de prosperidade, talento e brilho.
“O mundo nunca deixará de escutar Michael Jackson”
Al Sharpton

Discografia a solo:
1972 - Got to Be There
1972 – Ben
1973 - Music and Me
1975 - Forever, Michael
1979 - Off The Wall
1982 – Thriller
1987 – Bad
1991 - Dangerous
1995 - HIStory - Past, Present, And Future, Book I
1997 - Blood On The Dance Floor - History In The Mix
2001 - Invincible
2003 – Number Ones

Fontes:
*http://www.destak.pt/artigos.php?art=33586
*http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=93&did=60616
*http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1388807&idCanal=42
Bárbara de Sotto e Freire

"Eu vou ter ao Piolho!"

O café Piolho faz hoje 100 anos. Também conhecido como "café Âncora de Ouro", o Piolho junta-se hoje aos já centenários cafés da Invicta "A Brasileira" e o "Café Progresso".
Este café lendário situa-se na Praça Parada Leitão, em frente ao edifício da antiga Reitoria da Universidade do Porto, junto do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, do Hospital Geral Santo António e do Jardim da Cordoaria.
Ainda hoje o Piolho é um ponto de encontro, um espaço de tertúlia, onde nascem ideias geniais, onde se estuda, se filosofa, se namora, onde se ri, onde as pessoas se encontram inexoravelmente. Desde 1909. Há 100 anos!
Desde 1909 que gerações e gerações de futuros médicos, engenheiros, psicólogos, e de outras tantas licenciaturas, se sentaram no Piolho tornamdo-o um marco da minha cidade.
Foram bons os momentos que lá vivi. O café que lá tomava pela manhã, estudar com génios, o baptismo de caloiro, as noitadas (confesso, não foram assim tantas quantas mereci!).
Tudo isso é bem patente nas várias placas de agradecimento que estão emolduradas nas paredes do Piolho. Uma vida. Muitas vidas.
A sua arte, desde a ventoínha, ás caixas registradoras, e a vários outros pormenores, que só são visíveis a por quem lá passa, e a quem por lá se senta, permanecem como testemunho de 100 anos que se foram adaptando ás exigências dos nossos tempos.
O Piolho tornou-se de facto um testemunho da Invicta, do frenesim da cultura, e da energia inebriante que corre naquela que será sempre a minha Cidade, o Porto.
Fontes:
Bárbara de Sotto e Freire

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Poema

«A minha vida é o mar o Abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita
Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará
Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento
A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto
Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento
E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada»
Sophia de Mello Breyner Andresen

Bárbara de Sotto e Freire

Grandes obras

«As grandes obras podem ser idealizadas pelos génios mas, normalmente, são concretizadas pelos lutadores, desfrutadas pelos felizes e criticadas pelos inúteis crónicos.»
Autor desconhecido
Bárbara de Sotto e Freire

domingo, 21 de junho de 2009

O reverso

«A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.»
Horácio
Bárbara de Sotto e Freire

A luta pelo meu, nosso, Planeta

«Olhos bem abertos, percorro a paisagem
E guardo o que vejo, para sempre, uma clara imagem
Um manto imenso de água, um pingo move o mundo,
Corrente forte exacta, de um azul quase profundo,
Um sopro de ar, faz girar, o mundo melhor,
Raio de sol, luz maior, para partilhar,
O espelho nunca mente, fiel como ninguém,
Faz da vida, paixão energia, que toca sempre mais
alguém
Vai, espelho de água, trata e guarda, o que é nosso afinal,
Em nós, vive a arte, de ser parte, de um mundo melhor,
Eu sei, que gestos banais, parecem pouco, mas talvez sejam fundamentais,
Vai, espelho de água, trata e guarda, o que é nosso afinal,
Em nós, vive a arte, de ser parte, de um mundo melhor,
Vai, espelho de água, trata e guarda, o que é nosso afinal,
Em nós,vive a arte, de ser parte, de um mundo melhor, vai.»
Paulo Gonzo
Espelho de Água
Letra retirada de:
Bárbara de Sotto e Freire

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Princesa Desalento

«Minh'alma é a Princesa Desalento,
Como um Poeta lhe chamou, um dia.
É revoltada, trágica, sombria,
Como galopes infernais de vento!

É frágil como o sonho dum momento,
Soturna como preces d'agonia,
Vive do riso duma boca fria!
Minh'alma é a Princesa Desalento…

Altas horas da noite ela vagueia…
E ao luar suavíssimo, que anseia,
Põe-se a falar de tanta coisa morta!

O luar ouve a minh'alma, ajoelhado,
E vai traçar, fantástico e gelado,
A sombra duma cruz à tua porta…»

Florbela Espanca
«Livro de Soror Saudade», in «Poesia Completa»
Retirado de:
Bárbara de Sotto e Freire

terça-feira, 16 de junho de 2009

Reflexão em dia de aniversário - IV

«A medida de uma alma é a dimensão do seu desejo.»
Gustave Flaubert
Bárbara de Sotto e Freire

Reflexão em dia de aniversário - III

«O homem vale na medida da sua capacidade de admirar.»
Ernest Renan
Bárbara de Sotto e Freire

Reflexão em dia de aniversário - II

«Nada de grande se faz sem sonho.»

Ernest Renan
Bárbara de Sotto e Freire

Reflexão em dia de aniversário - I

«A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita exactidão.»
Francis Bacon
Bárbara de Sotto e Freire

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Põe-na lá!

«Para que percorres inutilmente o céu inteiro à procura da tua estrela? Põe-na lá!»
Vergílio Ferreira
Bárbara de Sotto e Freire

domingo, 14 de junho de 2009

Muitas maneiras de ver

«Para ver claramente, basta mudar a direcção do olhar.»
Antoine de Saint-Exupéry
Bárbara de Sotto e Freire

sábado, 13 de junho de 2009

Queria um voar perfeito

«Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Esmorece e cai no mar
Que perfeito coração, no meu peito bateria
Meu amor na tua mão, nesse mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se um português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse, quem sabe, o primeiro
A contar-me o que inventasse
Se um olhar de novo brilho
Ao meu olhar se enlaçasse
Que perfeito coração, no meu peito bateria
Meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro
Esse olhar que era só teu
Amor, que foste o primeiro
Que perfeito coração, no meu peito bateria
Meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia
Perfeito meu coração»
Gaivota
Alexandre O'neill; Alain Oulman
Bárbara de Sotto e Freire

quarta-feira, 3 de junho de 2009

(No fio dos anos) Sempre a correr

«Algo que aconteça
De tragicamente grande
Por que valha a pena
Deixar correr o sangue.
Algum desígnio épico
Enorme e emotivo
A rasgar o
Céu aberto
A queimar no
Sol a pino.
Assim uma tempestade
Que cresce no horizonte
Negro mar imenso
Tocado pelo vento forte.
Que faço eu aqui
Se não mudar o mundo
O mal tem raiz
E a cura tem um rumo.
Tanto fizemos
De puro prazer
No fio dos anos
Sempre a correr.
E sempre a correr
Passámos pelos dias
Procurando viver
O que a vida nos destina.»
(No fio dos anos) Sempre a correr
UHF
Bárbara de Sotto e Freire

A vida nos anos

"Não acrescente dias à sua vida, mas vida aos seus dias."
Lao-Tsé
Bárbara de Sotto e Freire