Desde já, não sou a minha doença.
Começo por ser um membro da comunidade; sou a princesa do meu amor; sou filha, irmã e tia, papeis nos quais me tento superar e empenhar ao máximo.
Enquanto pessoa tento definir-me como uma dona de casa que tenta ter a casa (perdoem-me a redundância) sempre muito arrumada e limpa; durante o tempo livre (que é muito) tento ocupar-me com atividades como ler, pintar ou bordar.
Enquanto pessoa tento ser integra, simpática e educada para quem quer que seja.
Tenho medos. Medo de que se ficar melhor não mereça a atenção do outro; medo de sair de casa sozinha; medo de não ser a esposa ou a filha ideal.
As crises de ansiedade são outro calcanhar de Aquiles... Hoje em dia já as consigo controlar melhor graças à respiração e à meditação, mas não deixam de, quando ocorrem, estragar o meu dia...
Sou uma pessoa única, que dirige o seu barco, por vezes da forma errada durante as tempestades...Mas que tenta sempre dar o melhor de si a si mesma e aos outros.
Bárbara de Sotto e Freire
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