Ontem de manhã apanhamos o Ferry para irmos para a ilha de Tavira.
Desde que andamos no rio, em Vale de Cambra, que ofereceram ao meu marido dois chapéus amarelos, tipo cocos, então andamos sempre os dois com os chapéus amarelos e dizemos que somos o gang dos chapéus amarelos.
Retomando, íamos para a ilha, e o meu marido diz-me assim "olha aquela salina", eu viro-me para trás e lá se foi o meu chapéu com o vento. Fiquei triste porque o nosso gang já não mais existia, e o meu chapéu amarelo lá se fora.
À vinda para cá o meu marido diz-me assim "olha depois da curva, se não está na margem o teu chapéu amarelo". Eu olhei e ele lá estava, na beira da água, todo preto da lama que lá se encontra, mas com uma tirinha amarela que o fazia identificar. O meu marido inseriu as coordenadas no telemóvel, e quando descemos do ferry começou a nossa saga de resgate do chapéu amarelo.
Deixamos o carro e fomos a pé pelo molhe, e depois veio a parte pior: o meu marido teve que descer o molhe, através de rochas que não estavam bem intercaladas, e chegou a um pântano. Ele pousou um pé e foi-lhe logo lama até aos joelhos. Lá foi ele, numa atitude heroica, pé ante pé, que aquilo também escorregava até que chegou ao chapéu amarelo. Apanhou-o e fez o percurso contrário, e chegou ao pé de mim com o meu chapéu amarelo.
Foi lavar as pernas e os pés à bomba de gasolina e então fomos almoçar.
Moral da história: nunca te dês por vencido e mesmo a sombra mais longa termina com o nascer do sol.
Já somos novamente o gang do chapéu amarelo.
Bárbara de Sotto e Freire
Sem comentários:
Enviar um comentário