Investigadores da Universidade de Duke, EUA, concluíram que problemas em iniciar ou em manter o sono estão associados a stress psicológico, aumento dos níveis de marcadores biológicos, e indicam maior risco de doenças cardíacas e diabetes tipo II.
O estudo foi publicado na revista "Brain, Behaviour and Immunity", e a informação foi também divulgada pela BBC.
Neste estudo foram analisaram-se questionários de 210 homens e mulheres me meia-idade, sem doenças conhecidas, sem histórico de distúrbios do sono, que não utilizavam medicamentos de forma regular e não fumadores.
Além dos aspectos relacionados com o sono, foram analisados aspectos como níveis de depressão, raiva e hostilidade; foram também feitas análises sanguíneas, nas quais foram observados os indicadores biológicos associados ao aumento de doenças cardiovasculares e diabetes (nível de insulina, glicose, fibrinogénio, Interleucina-6 e proteína C reactiva).
Cerca de 40% dos homens e mulheres participantes no estudo apresentaram problemas com o sono - dificuldade em adormecer (demorando mais de 30 min), ou acordando frequentemente durante a noite. Embora os problemas fossem semelhantes, os resultados dos exames médicos demonstraram que os efeitos da falta de sono nas mulheres eram mais nocivos. Segundo Suarez, «Concluímos que, nas mulheres, o sono de má qualidade está fortemente associado ao alto nível de stress psicológico e aumento dos sentimentos de hostilidade, depressão e raiva. Em contraste, esses sentimentos não foram associados com o mesmo nível de distúrbios do sono nos homens». Segundo a BBC, as mulheres que tinham mais distúrbios do sono, apresentaram também níveis mais altos dos biomarcadores analisados.
«O estudo sugere que o sono de má qualidade, medido pelo tempo total de sono, grau de profundidade e, mais importante, pelo tempo que se leva a adormecer, pode ter consequências mais sérias para a saúde da mulher do que para a saúde do homem», disse Edward Suarez, professor associado do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da Universidade de Duke e principal autor do estudo.
Demorar mais de meia hora a adormecer, acordar várias vezes por noite e dormir poucas horas são padrões de risco para as referidas doenças.Pensa-se que que a diferença se pode dever a variações na produção de serotonina, melatonina e triptofano, que regulam funções como o sono, o humor e a resistência à insulina.
Tudo vem confirmar a sabedoria popular: dormir bem é fundamental para a nossa saúde física e psíquica.
Já agora... 1 em cada 5 portugueses sofre de perturbação do sono... é preocupante. Sobretudo quando sabemos o impacto que isso terá no individuo e na sua vida.
Bem...vou dormir!
Bárbara de Sotto e Freire
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