quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Princesas, rainhas e afins

Gostaria eu de ter vida de princesa ou de rainha. Por isso não deixo de apreciar as notícias dos tablóides sobre Kate Middleton e afins da realeza.
 
A Kate veste bem, está sempre bonita, com um sorriso fantástico, a pose correcta, não há nada que se lhe aponte. Mas sobre a sua mais recente gravidez, eu ponho-me a pensar… Se a Kate tivesse um trabalho e não um emprego, como faria ela com os fortes enjoos matinais que a levaram a refugiar-se três meses em casa dos pais, acompanhada do filho e da babysitter? É que não estou a ver muitas grávidas a ficarem de baixa devido à hiperemese gravídica de que Kate sofre. Muitas vezes trabalham duro até ao final da gravidez, e finda a licença de maternidade deixam os suas crias em creches, como peixinhos largados num tanque de tubarões, porque não há outra solução possível… E a realeza dá-se ao luxo de se ausentar de atos oficiais por enjoos, embora tenha todo um staff aparatoso por detrás que auxilie em todo e qualquer passo, e depois do parto há sempre uma babysitter e só se pega no bebe para a fotografia…
 
O que me repulsa não é a ostentação, nem a diferença entre ricos e pobres, porque essa diferença irá existir sempre, o que me repulsa é uns terem emprego e muitos outros um trabalho. O me faz moer a cabeça é pensar que o exemplo tem que vir de cima, dos governantes, e daqui não se tira exemplo nenhum, a não ser que uns nascem com o rabiote virado para as estrelas, e outros, coitados, nem por isso. 
 
Bárbara de Sotto e Freire 

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