domingo, 19 de abril de 2020

Compaixão

Compaixão é a compreensão do estado emocional de nós mesmos ou de outra pessoa. Compaixão é estar sensível ao sofrimento, isto é, conseguir reconhecer o sofrimento quando ele surge, quer em nós, quer nos outros. Implica também avaliar o que é que eu, ou o outro, precisamos nesse momento; e requer ter motivação para ajudar a aliviar o sofrimento. 
Compaixão não é ter pena, resignação, não é ser simpático, pensar positivo, não é luta, fuga ou evitamento.

Na compaixão estão envolvidos algumas ideias fundamentais tais como: Motivação (estar motivado para desenvolver a compaixão); Estar sensível (isto é, temos de notar as emoções e os pensamentos); Sentir (como se fossemos um espelho que percebe quer o bem estar quer o sofrimento dos outros); Tolerância face às emoções (saber tolerar todas as emoções mesmo as mais desagradáveis); Empatia (colocar-se no lugar do outro, e desta forma compreender e pensar acerca das nossas emoções); Não julgar (só podemos fazer isto tudo se não julgarmos nem criticarmos as nossas próprias emoções e pensamentos e os dos outros).

Por vezes pode ser difícil criar frases ou palavras de compaixão para dizermos a nós próprios. O que nos pode ajudar é imaginarmos o que diríamos a um amigo ou familiar, de quem gostamos muito, se este estivesse a viver a mesma situação.
O que lhe diríamos?Como falaríamos com ele? O que iríamos achar que ele precisaria neste momento? Depois de pensarmos nestas questões, é apenas necessário transferirmos essas palavras e intenções para nós próprios.
A compaixão é uma forma útil de nos motivarmos a fazer o que é importante para nós.
Todos os seres humanos sofrem e, por isso, todos os seres humanos - incluindo nós próprios - merecem compaixão. É importante lembrar-mo-nos de sermos amáveis, carinhosos e encorajadores connosco mesmos.

Bárbara de Sotto e Freire



 

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