«Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa
Esmorece e cai no mar
Que perfeito coração, no meu peito bateria
Meu amor na tua mão, nesse mão onde cabia
Perfeito o meu coração
Se um português marinheiro
Dos sete mares andarilho
Fosse, quem sabe, o primeiro
A contar-me o que inventasse
Se um olhar de novo brilho
Ao meu olhar se enlaçasse
Que perfeito coração, no meu peito bateria
Meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro
Esse olhar que era só teu
Amor, que foste o primeiro Que perfeito coração, no meu peito bateria
Meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia
Perfeito meu coração»
Gaivota
Alexandre O'neill; Alain Oulman
Bárbara de Sotto e Freire
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