Depois de 2 meses de ausência, regresso.
A necessidade de me compreender é a responsável por voltar a escrever. [Como se essa necessidade não estivesse sempre presente.]
Sinto, hoje, que cada segundo conta para realizar os sonhos. Até aos vinte vivemos como se fossemos imortais, temos o tempo todo do mundo, e o mundo, por nossa conta. Vivemos como se houvesse amanhã, para sempre.
Depois dos vinte, mais dia menos dia, sentimos que afinal o tempo passa, que quem nos é querido nos falta, que talvez seja bom começar em concretizar, e não apenas sonhar. Vivemos como se o amanhã fosse mais um dia numa longa caminhada que tem fim. E a determinada altura a urgência do tempo é tanta que queremos sentir tudo até ao limite, numa eclipse vertiginosa, porque o amanhã pode não existir. Queremos abraçar os nossos avós todos os dias, e dizer-lhes obrigada, queremos ser fieis aos princípios que os nossos pais nos incutiram, queremos ter a nossa família bem perto, com receio de a perder sem nos termos dado a oportunidade de lhes dizer o quanto gostamos deles. Os amigos... A esses queremos agradecer-lhes todos os dias por acreditarem em nós, por nos darem força, enfim... Temos a lucidez de sentir que não vale a pena tanta divergência, tanta ausência, tanta falta.
Sinto, hoje, que cada segundo conta para realizar os sonhos. Até aos vinte vivemos como se fossemos imortais, temos o tempo todo do mundo, e o mundo, por nossa conta. Vivemos como se houvesse amanhã, para sempre.
Depois dos vinte, mais dia menos dia, sentimos que afinal o tempo passa, que quem nos é querido nos falta, que talvez seja bom começar em concretizar, e não apenas sonhar. Vivemos como se o amanhã fosse mais um dia numa longa caminhada que tem fim. E a determinada altura a urgência do tempo é tanta que queremos sentir tudo até ao limite, numa eclipse vertiginosa, porque o amanhã pode não existir. Queremos abraçar os nossos avós todos os dias, e dizer-lhes obrigada, queremos ser fieis aos princípios que os nossos pais nos incutiram, queremos ter a nossa família bem perto, com receio de a perder sem nos termos dado a oportunidade de lhes dizer o quanto gostamos deles. Os amigos... A esses queremos agradecer-lhes todos os dias por acreditarem em nós, por nos darem força, enfim... Temos a lucidez de sentir que não vale a pena tanta divergência, tanta ausência, tanta falta.
Quando olho para trás e vejo as pessoas que foram realmente importantes na minha vida, sinto que poucas me restam. Umas porque já partiram, outras porque estão ausentes, porque estão longe, porque estão embrenhadas no seu quotidiano louco.
Enfim.
Isto de sentir a solidão é complicado. Isto de querer sugar a vida é difícil.
Querer ser feliz é...um mistério que só se descobre quando se sente.
Paulo Coelho diz que um Guerreiro da Luz não deve agir precipitadamente, não deve dizer sim quando o seu coração diz não, deve meditar e ouvir a voz do seu coração. Jamais deve sentir a paz monótona das tardes de Domingo.
Será assim que me proponho a viver esta vida: de forma intensa, mas não precipitada; de forma suave, mas marcante; de forma a que nunca sinta que o amanhã já não pode ser diferente.
Só isto.
Amanhã será um outro dia. Com mais garra, com mais força.
Ainda que só, há momentos em que acredito em mim.
E o regresso será só e isto mesmo: sentir até ao limite, viver, não de forma desesperada, mas de forma sensata, transparente, verosímil e marcante, tal como um Guerreiro da Luz o sabe fazer.
Bárbara de Sotto e Freire
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