quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ninguém dirá quem sou, nem saberá quem fui

» (...)Fluido, o abandono do dia finda entre as púrpuras exaustas. Ninguém me dirá quem sou, nem saberá quem fui. Desci da montanha ignorada ao vale que ignoraria, e meus passos foram, na tarde lenta, vestígios deixados nas clareiras da floresta. Todos quanto amei me esqueceram na sombra. Ninguém soube do último barco. No correio não havia notícia da carta que ninguém haveria de escrever.

Tudo, porém, era falso. Não contaram histórias que outros houvessem contado, nem se sabe ao certo do que partiu outrora, na esperança do embarque falso, filho da bruma futura e da indecisão por vir. Tenho nome entre os que tardam, e esse nome é sombra como tudo.(...)»

in O livro do desassossego, de Bernardo Soares

Bárbara de Sotto e Freire

Penas

Adoro penas brancas. Chego a coleccioná-las. E, de quando em vez, lá me aparece uma, num local onde seria impensável encontrar... penas.

Há quem diga que as penas brancas simbolizam fé e amor.

Não sei.

Quando vejo uma pena branca, pousada, etérea, sorrio. Sinto-me "protegida" e abençoada. Só os "loucos" têm destas coisas...

Bárbara de Sotto e Freire

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Luar

Fonte: http://creationsciencenews.wordpress.com/


Desde Junho, mais coisa menos coisa, que tenho o privilégio de assistir, da minha varanda, aos luares mais bonitos de sempre.
Afogada em trabalho, triste algumas vezes, olho para o céu, noite caída, e sinto-me... abençoada. E sorrio para a lua, como só os "loucos" o sabem fazer...


Bárbara de Sotto e Freire

Ao vivo e a cores

Pode ser ignorância, mas aqui vai...


Pela primeira vez na minha vida vi um esquilo ao vivo e a cores. E não é que achei o animal fofinho?!




Fonte:http://roedoresdemais.blogspot.com/2010/08/esquilos.html



Só é pena que este amistoso roedor se tenha atravessado à frente do meu carro na estrada, motivo pelo qual ia tendo um acidente.



Mas como não tive nenhum acidente, apenas uma redução brusca de velocidade e pé a fundo no travão, :), achei o animal fofinho...


Bárbara de Sotto e Freire

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Junto ao mar



Bárbara de Sotto e Freire

Criança interior

«Às vezes somos possuídos por uma sensação de tristeza que não conseguimos controlar. Percebemos que o instante mágico daquele dia passou e nada fizemos. Então, a vida esconde a sua magia e a sua arte.


Temos que dar ouvidos à criança que fomos um dia e que ainda existe dentro de nós. Essa criança percebe de instantes mágicos. Podemos sufocar o seu pranto, mas não podemos calar a sua voz.


Essa criança que fomos um dia, continua presente. (...)


Se não nascermos de novo, se não tornamos a olhar a vida com a inocência e o entusiasmo da infância, viver não terá mais sentido.


Existem muitas maneiras de se cometer suicídio. Os que tentam matar o corpo ofendem a lei de Deus. Os que tentam matar a alma, também ofendem a lei de Deus, embora o seu crime seja menos vísivel aos olhos do homem.


Prestemos atenção ao que nos diz a criança guardada no peito. Não nos envergonhemos por causa dela. Não vamos deixar que ela tenha medo, porque está só e quase nunca é ouvida.


Vamos permitir que ela tome um pouco as rédeas da nossa existência. Essa criança sabe que um dia é diferente do outro.


Vamos fazer com que ela se sinta amada novamente. Vamos agradar-lhe - mesmo que isso signifique agir de uma maneira a que não estamos acostumados, mesmo que isso pareça uma tolice aos olhos dos outros.


Lembrem-se que a sabedoria dos homens é loucura diante de Deus. Se ouvirmos a criança que temos na alma, os nossos olhos tornarão a brilhar. Se não perdermos o contacto com essa criança, não perderemos o contacto com a vida




Paulo Coelho


in Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei


Bárbara de Sotto e Freire

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Renascer II - Responde-me...

Até sempre. [Até sempre" é a maneira mais simpática de te dizer que acredito no amanhã.]


Por mais que queira renascer das cinzas, por mais que diga que vou deixar de esperar, já lá vão 26 dias e algumas horas desde que te escrevi e até agora nada...




Diz-me alguma coisa.


Diz-me que me amas, que esqueces as nossas divergências, que conseguimos superar tudo.


Diz-me que me odeias, que me esqueces-te definitivamente, que apenas pertenço a um passado que desejas apagar da tua memóra.


Diz-me o que te vai na alma. Mas, por favor, responde-me.




Realmente, "só devemos amar quem podemos ter por perto".




Até sempre. [Até sempre" é a maneira mais simpática de te dizer que acredito no amanhã.]
Sempre tua,


Bárbara de Sotto e Freire