quarta-feira, 27 de maio de 2009

Paciência

«Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para...
E quando o tempo acelera e pede pressa
Eu recuso faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara...
E quando todo o mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo que me falta para perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber, a vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, eu sei
A vida não para...
A vida não para não!
Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo p'ra perder
E quem quer saber, a vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, eu sei
A vida não para
A vida não para não!»
Paciência
Mafalda Veiga
Bárbara de Sotto e Freire

terça-feira, 19 de maio de 2009

I believe I can fly

«I used to think that I could not go on
And life was nothing but an awful song
But now I know the meaning of true love
I'm leaning on the everlasting arms
If I can see it then I can do it
If I just believe it there's nothing to it
I believe I can fly
I believe I can touch the sky
I think about it every night and day
Spread my wings and fly away
I believe I can soar
I see me running through that open door
I believe I can fly
I believe I can fly
I believe I can fly
See I was on the verge of breaking down
Sometimes silence can seem so loud
There are miracles in life I must achieve
But first I know it starts inside of me,If I can see it Then I can do it
If I just believe it there's nothing to it
I believe I can fly
Bárbara de Sotto e Freire

Alone

"A verdadeira liberdade é um acto puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir a liberdade até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão."
Platão
Bárbara de Sotto e Freire

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Canção da chuva

«Por essa chuva a cair lá fora
Por essa luz que já enche o ar
Por essa noite que se demora
E não quer passar
Por essa voz a chamar no escuro
Pela canção que vem do mar
Pelas palavras que não procuro
Nem quero achar
Por quem se aproxima sem ruído
De mansinho
E deixa ao passar
No ar um silêncio, nos sentidos
Como um vinho
Que me faz lembrar
Antigos cantos proíbidos
De se cantar
Por quem, no meu corpo
Os mistérios
Mais escondidos
Teima em acordar
Há teima em acordar
Por esses dias que me fugiram
Por entre os dedos sem se deter
Como essa chuva a cair na rua sombria e nua
Sem eu saber
Talvez só por estarmos sós
Esta noite em nós
Insista em nos levar, p'lo ar, p'lo ar
P'lo ar...»
Canção da Chuva
Adelaide Ferreira; Composição: Pedro Malaquias
Bárbara de Sotto e Freire

terça-feira, 12 de maio de 2009

Balada dum estranho

«Hoje acordaste de uma forma diferente dos outros dias
sentes-te estranho tens as mãos húmidas e frias
tentas lembrar-te de algum pesadelo mas o esforço é em vão
parece-te ouvir passos dentro de casa mas não sabes de quem são

Deixas o quarto e vais a sala espreitar atrás do sofá
mas aí tu já suspeitas que os fantasmas não estão la
vais a janela e ao olhares pra fora sentes que perdeste o teu centro
e de repente descobres que chegou a hora de olhares para dentro

Porque há qualquer coisa que não bate certo
qualquer coisa que deixaste para trás em aberto
qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu
e não podes deixar de sentir que o culpado és tu

Vês o teu nome escrito num envelope que rasgas nervosamente
tu já tinhas lido essa carta antecipadamente
e os teus olhos ignoram as letras e fixam as entrelinhas
e exclamas: Mas afinal... estas palavras são minhas!"

O caminho pra trás está vedado e tens um muro a tua frente
quando olhas pros lados vês a mobília indiferente
e abandonas essa casa onde sentiste o chão a fugir
arquitectas outra morada, mas sabes que estas a mentir.»

Balada dum estranho
Jorge Palma
Bárbara de Sotto e Freire

É proibido

«É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo das tuas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague pelas tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessitas deles.
É proibido não seres tu mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de ti,
Esquecer aqueles que te amam.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo (...)
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque os seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a tua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criares a tua história (...)
Não ter um momento para quem necessita de ti,
Não compreenderes que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viveres a tua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentires que sem ti este mundo não seria igual.»
Pablo Neruda, adaptado

Bárbara de Sotto e Freire