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sábado, 13 de dezembro de 2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Fique Optimus com a Optimus Home!

Faz hoje 6 anos que deixei a Optimus Home para abraçar um outro grande desafio.
Nestes 6 anos cresci muito enquanto pessoa e profissional, aprendi muito, assisti ao crescimento de um conceito, de uma marca, da qual me orgulho, e que muito me apraz fazer parte.
Contudo nunca poderia deixar de esquecer quem me viu nascer atrás de um telefone, a vender telefones. Uma casa que me ensinou as máximas que ainda hoje emprego, uma família que me levou longe. Digo que será muito difícil na minha vida encontrar uma equipa tão especial como aquela que encontrei na Optimus.
A vida é feita de sentimentos. Não podia deixar passar o dia de hoje sem enviar um enorme abraço para toda a família OH de há 6 anos atrás do Call Center Ferreira Dias.
Um abraço cheio da saudade que só os amigos, a distância e o tempo conhecem. Um abraço repleto do espírito sincero de que era feita a nossa equipa, da imensa humanidade que nos juntou. Até sempre.
 
Bárbara de Sotto e Freire
06 de Outubro de 2014

domingo, 5 de outubro de 2014

Será que o amor acontece?

Hoje pergunto-me se realmente o amor acontece.
Foste único comigo. Acompanhaste-me às consultas, deste-me carinho, amor e proteção. Fomos viver juntos, e o nosso amor aconteceu, assim, tal qual ele era, sincero e transparente, porque para mim, tu eras a minha pessoa. Aquela pessoa especial que eu amei de forma autêntica. Aquela pessoa especial que todos os dias eu tentava compreender e me dava, de forma, original, divertida e sorridente, o seu amor.
Contudo, o tempo foi-nos desgastando.
O facto de termos alguns gostos diferentes levou-nos a estar cada vez mais afastados um do outro. Eu penso que foi isso. Julgo que foi o facto de tu gostares de voar com os teus aviões telecomandados, e de eu gostar de estar em casa, a ver televisão, com uma manta e uma caneca de chá, entre muitas outras diferenças que eu poderia apontar, que nos levou a discussões que se tornaram cada vez mais acesas, cada vez mais frequentes, cada vez mais dolorosas. A certa altura senti-me incompreendida, sabes? Não conseguia perceber a tua distância. A distância do homem que eu amava. E isso ainda me fazia sofrer mais dentro do meu sofrimento. Não consigo pôr-me no teu papel e fazer de mim o meu namorado… sei que é isso que tu, que me estás a ler, neste momento, me pedes. Mas não consigo inverter os papéis. Quando tento acho sempre que teria uma postura mais compreensiva e não tão fria. Eu que no início deste relacionamento achava que era a voz do ser racional e que não deixava falar o coração! Consegues ver o quanto me mudas-te? Eu amei-te de forma tão intensa, tão intrínseca, tão mágica e única, entreguei-me a nós como se o nós fosse a razão da minha existência, e aprendi tanto! Mas sabes, sofri muito também.
 
Em Novembro a nossa relação foi à rutura. Quiseste que eu saísse de casa e a minha mãe não me deixou voltar à casa dela. Aí achei que o mundo estava do avesso. Só me questionava porquê? Porque é que o Afonso me está a causar tanto sofrimento? Porque é que a minha mãe não me aceita de volta? Qual o motivo de uma história de amor acabar assim?
Chorei todos os dias por ti. Todos os dias te liguei a suplicar uma nova oportunidade para nós. Mas tu, Afonso, estavas irredutível. Tentei, por tudo, que os teus olhos, são lindos os teus olhos, se voltassem para mim, e só algumas semanas depois tu me deste a possibilidade de falar contigo pessoalmente.
 
Tentamos de novo viver juntos. Mas no mesmo dia em que me mudo para tua casa, tu dizes-me que não estás para me aturar.
Essas foram, até hoje, as palavras que mais me doeram, que mais me feriram a alma. Por mais que lave a minha memória, não consigo esquecer estas tuas palavras. Nem tudo o que te disse foi justo, muito longe disso. Mas jamais disse algo de tão grave que ficasse gravado na tua memória, como "aquelas palavras terríveis", como "as palavras que quando lembro tenho de fechar os olhos para não doer tanto".
Não me querias aturar?! Eu também não. Eu só queria estar contigo. Partilhar a felicidade dos meus dias com o príncipe que encontrara, livrar-me da infelicidade ao lado da minha pessoa, construir algo de que me orgulhasse ao olhar para trás, sempre contigo.
De facto depois disso ainda conversamos, mas a determinada altura eu não quis mais a minha pessoa para mim. A relação estava a ser muito conturbada, estava a prejudicar-me como nestes últimos meses. Eu queria alguma estabilidade, e era tudo o que eu não tinha contigo. Em Janeiro despedi-me de ti.
Mas nunca me esqueci do homem fantástico que és, da pessoa maravilhosa com quem partilhei momentos únicos e inesquecíveis.
Nunca me esqueci do teu pequeno-almoço, das tuas chamadas, do facto de me chamares "meu amor"… Nunca me esqueci do toque das mãos, nem do teu cheiro. Neste tempo que passou, jamais me esqueci de ti Afonso. Vou levar-te comigo para onde quer que eu vá.
Guardo memórias fantásticas do tempo que passamos juntos. Adorei atirar-te à neve, Amei a primeira viagem que fizemos juntos. Tu lembras-te?! E Porto Antigo? Foram dos dias mais especiais que tive… Tenho saudades dos teus cozinhados. Quero que saibas que ficas-te guardado num lugar bem especial.
Hoje desvinculei-me de ti. Há tempo de mais que chorava pelos cantos, que sonhava contigo, que me perguntava pelo meu Afonso, sabendo que já não eras meu, que nunca tinhas sido meu, mas alguém que tinha dado uma nova luz à minha vida. Hoje decidi reaver a minha energia projectada em ti e voltar ao meu caminho.
Não é solução viver enlutada por um homem vivo. Acho, sentidamente, que mereces ser feliz. E eu também. Guardo dentro de mim o Afonso minha pessoa. Brilha por onde fores. Para onde fores. Por onde o tempo te levar.
 
Bárbara de Sotto e Freire
04 de Outubro de 2014

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Desabafos - Fevereiro II

Faltam exactamente dois meses e um dia. Ou então... faltam exactamente dois meses.
Tudo depende da perspectiva.
Passou exactamente um ano e quatro meses. Sinto MUITO a vossa falta.
Bárbara de Sotto e Freire

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Princesa Desalento

«Minh'alma é a Princesa Desalento,
Como um Poeta lhe chamou, um dia.
É revoltada, trágica, sombria,
Como galopes infernais de vento!

É frágil como o sonho dum momento,
Soturna como preces d'agonia,
Vive do riso duma boca fria!
Minh'alma é a Princesa Desalento…

Altas horas da noite ela vagueia…
E ao luar suavíssimo, que anseia,
Põe-se a falar de tanta coisa morta!

O luar ouve a minh'alma, ajoelhado,
E vai traçar, fantástico e gelado,
A sombra duma cruz à tua porta…»

Florbela Espanca
«Livro de Soror Saudade», in «Poesia Completa»
Retirado de:
Bárbara de Sotto e Freire

terça-feira, 12 de maio de 2009

Balada dum estranho

«Hoje acordaste de uma forma diferente dos outros dias
sentes-te estranho tens as mãos húmidas e frias
tentas lembrar-te de algum pesadelo mas o esforço é em vão
parece-te ouvir passos dentro de casa mas não sabes de quem são

Deixas o quarto e vais a sala espreitar atrás do sofá
mas aí tu já suspeitas que os fantasmas não estão la
vais a janela e ao olhares pra fora sentes que perdeste o teu centro
e de repente descobres que chegou a hora de olhares para dentro

Porque há qualquer coisa que não bate certo
qualquer coisa que deixaste para trás em aberto
qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu
e não podes deixar de sentir que o culpado és tu

Vês o teu nome escrito num envelope que rasgas nervosamente
tu já tinhas lido essa carta antecipadamente
e os teus olhos ignoram as letras e fixam as entrelinhas
e exclamas: Mas afinal... estas palavras são minhas!"

O caminho pra trás está vedado e tens um muro a tua frente
quando olhas pros lados vês a mobília indiferente
e abandonas essa casa onde sentiste o chão a fugir
arquitectas outra morada, mas sabes que estas a mentir.»

Balada dum estranho
Jorge Palma
Bárbara de Sotto e Freire

quinta-feira, 26 de março de 2009

A veia do poeta

Esta foi a minha música preferida durante muitos anos. O CD continua na estante, não sei como mas não está riscado (!!!), e a letra ainda continua a borboletar na minha cabeça de quando em vez. Lembro-me de estar a estudar anatomia ao som desta música (porque será?!). Lembro-me de ir para a praia, phones nos ouvidos para não ouvir a criançada toda a tarde, e lá estava a música... Ainda agora, quando não quero ouvir a realidade, os corpos frenéticos de um lado para o outro, quando simplesmente me tento desligar do mundo, aí está esta música fantástica, onde me revejo.


"Cansado do movimento
Que percorre a linha recta
Fui ficando mais atento
Ao voo da borboleta
Fui subindo em espiral
Declarando-me estafeta
Entre o corpo do real
E a veia do poeta

Mas ela não se detecta
À vista desarmada
E o sangue que lá corre
Em torrente delicada
É a lágrima perpétua
Sai da ponta da caneta
Vai ao fim da via láctea
E cai no fundo da gaveta
Ai de quem nunca guardou
Um pouco da sua alma
Numa folha secreta
Ai de quem nunca guardou
Um pouco da sua alma
No fundo duma gaveta
Ai de quem nunca injectou
Um pouco da sua mágoa
Na veia do poeta"

A veia do poeta
Rui Veloso



Bárbara de Sotto e Freire

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Saudade


«Para sempre é muito tempo.
O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.»
Mário Quintana

Barbara de Sotto e Freire