quarta-feira, 3 de junho de 2009

(No fio dos anos) Sempre a correr

«Algo que aconteça
De tragicamente grande
Por que valha a pena
Deixar correr o sangue.
Algum desígnio épico
Enorme e emotivo
A rasgar o
Céu aberto
A queimar no
Sol a pino.
Assim uma tempestade
Que cresce no horizonte
Negro mar imenso
Tocado pelo vento forte.
Que faço eu aqui
Se não mudar o mundo
O mal tem raiz
E a cura tem um rumo.
Tanto fizemos
De puro prazer
No fio dos anos
Sempre a correr.
E sempre a correr
Passámos pelos dias
Procurando viver
O que a vida nos destina.»
(No fio dos anos) Sempre a correr
UHF
Bárbara de Sotto e Freire

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