domingo, 5 de outubro de 2008

Saudade

Gostaria de vos dizer muita coisa, mas vou tentar organizar as ideias e ser breve (sim, porque são 00:00, e amnhã ás 6:00 estou de partida).
Bem, na última semana não fui de todo uma reacção em equilibrio. Acho que nesta última semana envelheci, reflecti, ponderei, e de tudo isso restam-me dúvidas, medos, insegurança, receio, saudade, nostalgia, desespero, cansaço...
Quando há mais de uma ano atrás ingressei no OH confesso que para mim tudo era uma grande incógnita, como neste momento é a porta que se abre para mim. Não esperava nem muito nem pouco. Mas há medida que os dias, que se tornaram meses, foram passando, e há medida que me fui apegando ás pessoas, o OH passou a ser a minha familia, o call center a minha segunda casa, e os clientes o meu dia-a-dia, cada um uma novidade.
Muitas vezes me senti impotente perante as desistências. Porquê? Porque questionava o meu trabalho, porque o vendedor perdia uma venda, porque o OH não ganhava um cliente.
Há medida que o call center cresceu, e os projectos foram surgindo, senti-me acolhida, acarinhada, envolvida, absorvida.
Tentei sempre "beber" todos os ensinamentos de todos. Tentava todos os dias aprender algo novo, li algumas coisas sobre vendas... porque gostava realmente daquilo que fazia, onde o fazia, com quem o fazia.
Quando há uma semana atrás recebi uma chamada para uma entrevista, nunca pensei na reviravolta que tudo isto traria. Desde a tomada de decisão, a comunicá-la, senti-me vazia, perdida, angustiada. Mesmo depois de o fazer, até agora ainda me sinto assim.Sabem a solidão intrinseca ao ser humano, a solidão de nós mesmos, o confronto com o nosso espelho interior?!...
Bem, mas isto não é o confessionário.
Jamais esquecerei tudo o que fizeram por mim, as oportunidades que me deram, a força de vontade que me incutiram, aquilo que me ensinaram, das vendas e da vida. Com vocês cresci enquanto pessoa e enquanto profissional.
Jamais me esquecerei da salva de palmas que me bateram ás 22h00 do dia 03 de Outubro de 2008, da surpresa, do postal, e do presente. Mas mais que isso, jamais me esquecerei de vocês, porque só somos esquecidos quando morremos no coração daqueles que nos amam, pelo que para mim, permanecerão sempre muito presentes, muito vivos. Marcaram-me muito, sempre, mas sempre, pela positiva.
Relativamente ao OH, é um serviço que entendo ter todas as potencialidades para progredir, sobretudo com uma campanha como o Tec. Uma campanha que activa o telefone na hora, uma serviço personalizado, um projecto a que nada falta para brilhar ainda mais. Se muitas vezes não vendemos OH, acendemos rastilhos, porque apesar das pessoas não mudarem para a nossa operadora, vão à actual reclamar os seus direitos, dizer que há quem faça melhor... Muitas vezes não vendemos OH, mas pessoas que nunca ouviram falar no nosso serviço ficam a conhecê-lo e passam a palavra...
Vender não é, de todo, uma tarefa fácil. É uma função que implica preserverança, atitude, persitência, coragem, energia, vitalidade, conhecimento, e "não pressionar, mas impressionar". É preciso sentir-se vencedor. E sei que todos vocês o são. Vencedores.
A poucas horas de partir, apenas me resta dizer que vos adoro, que vos respeito e admiro. Apenas tive pena de não poder dar um abraço à Susana, à Diamantina, ao Ricardo e ao Bruno, e também à Verónia de quem acabei por não me despedir...
A todos vocês, desde Optimus, coordenadores, chefes de equipa, follow-up, e vendedores, (ah...) e também aos responsáveis pela informática (Bruno agora não me esqueci do informático!!!),apenas vos tenho a dizer:
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena. O que não valerá a vida a uma alma grande."

Até sempre,

Sempre Optimus, com o Optimus Home

Bárbara de Sotto e Freire

1 comentário:

Tiago Ramos disse...

Sabes, minha querida amiga? E nós por cá dificilmente encontraremos alguém tão responsável, competente e doce como tu... Teremos muitas saudades sempre, mas saberemos que terás sucesso onde quer que estejas.

Um beijinho.
Tiago Ramos