segunda-feira, 2 de março de 2009

Tudo o que sou não é mais que abismo



«Tudo o que sou não é mais do que abismo
Em que uma vaga luz
Com que sei que sou eu, e nisto cismo,
Obscura me conduz.

Um intervalo entre não-ser e ser
Feito de eu ter lugar
Como o pó, que se vê o vento erguer,
Vive de ele o mostrar.»

Fernando Pessoa


Bárbara de Sotto e Freire

Sem comentários: